ADAPTAÇÃO DO LIVRO DO ARRUDA.

Considerações iniciais: conhecimento e pesquisa científica segundo Farias Filho e Arruda Filho.

Iniciando com algumas curiosidades quanto ao surgimento do conhecimento científico, segundo estes autores, tem origem britânica, ou seja, surgiu do pensamento de pesquisadores e cientistas da escola de “pensamento continental”, e que também apoiavam o empirismo (atitude de quem se atém a conhecimentos práticos, como Bacon, Locke, Berkeley, Hume, e Mill). Estes ainda possuíam como princípios os ideais do racionalismo clássico ou intelectualismo, nos quais encontramos a justificativa do surgimento de novos conhecimentos.
Hoje a ciência moderna é resultado deste debate sobre a origem do conhecimento, conforme Farias e Arruda mencionam em seu livro: “Planejamento da Pesquisa Científica”, que se relaciona com as afirmações de Kuhn (2003) sobre “ciência normal”, ou seja, aquela que é baseada em uma ou mais realizações científicas, que por um tempo foram reconhecidas por alguns cientistas, os quais dão fundamento para as práticas científicas dos dias atuais.
Deste modo, ambos autores expõem que um dos aspectos da Ciência “é o conhecimento gerado a partir de um processo em que é operado um sistema de princípios ou leis gerais especialmente obtidos e testados por intermédio de métodos”.
Em seu livro, estes autores nos ajudam dando orientações quanto a produção do conhecimento, que tem como base a lógica e a dinâmica da ciência moderna. Em se tratando da aplicação de métodos indutivos inicialmente, e a partir dai gerando conhecimentos específicos gerais, com formulações hipotéticas (Relativo a hipótese, fundado em hipótese, suposto) que são geralmente submetidos a testes.
Assim, este processo passou a ser um parâmetro para o conhecimento e a experimentação, que se tornou fonte da construção do saber. Porém, estes estudos evoluíram, e suas abordagens também avançaram. O que ocorreu é que passou a ser a disciplina acadêmica (universidades) que também ocasionou o surgimento de procedimentos metodológicos necessários para a fundamentação teórica de uma só ciência. Essa ideia também já foi modificada com a emergência da interdisciplinaridade, a qual há a integração de várias ciências, rompendo com a explicação baseada em uma disciplina apenas.
Essa característica interdisciplinar nada mais é do que um reflexo da sociedade atual, demonstrando a sua complexidade. Contudo, não seria mais possível pensar apenas na explicação científica amparada por procedimentos, métodos e técnicas de uma única ciência. Devido a modificação social, e a sua realidade atual, surgindo então estudos de cientistas de forma tão complexas que limitavam uma explicação única.
Ainda relatam que como todo método tem limitações, o que deve ocorrer é o esforço do pesquisador em buscar a sua fonte de evidências, ou seja, elaborar seus levantamentos pertinentes, que o permita chegar a conclusões consistentes com o seu objetivo.
Os autores apresentam conceitos básicos para a compreensão dos processos da investigação científica:
– “MÉTODO CIENTÍFICO”- é uma série de procedimentos realizados com a finalidade de reduzir as chances de erro, considerado aqui como a redução de probabilidades, ou ainda de suposições erradas (o “achismo”) ou ainda não verdadeiras (FARIAS FILHO E ARRUDA FILHO 2013).
– “OBJETIVO DA INVESTIGAÇÃO” – o qual é o conhecimento a ser gerado como ciência, que só é possível quando se opera uma teoria, um método e um conjunto de técnicas aplicados a aquilo que derivou da experiência (FARIAS FILHO, E ARRUDA FILHO 2013).
– “PESQUISA CIENTÍFICA” é uma atividade racional que busca explicações para uma realidade (fato/fenômeno) que não se apresenta da mesma forma como o pesquisador quer explicar ou quer compreender